Estudo realizado na Universidade de Melbourne (Austrália) afirma que desempenho de pessoas que navegam na internet por lazer enquanto trabalham pode ser 9% superior ao de quem não tem este hábito. Especialista contesta resultados
Rodrigo Capelo/MBPressDiante da alta competitividade do mercado, não é raro que, para garantir o foco de seus colaboradores, determinadas empresas proíbam o acesso a websites que proporcionem algum tipo de lazer durante o expediente. A iniciativa, contudo, pode ter efeito contrário e impedir que profissionais ganhem produtividade, conforme sugere pesquisa feita na Austrália, pela Universidade de Melbourne.O estudo, comandado pelo pesquisador Brent Coker, analisou o comportamento de 300 funcionários e concluiu que a produtividade de quem acessa a internet para divertir-se durante o trabalho pode aumentar em até 9%. “Os resultados demonstram que, com limites, esses indivíduos não são prejudiciais à produtividade da empresa”, afirma Coker, em entrevista exclusiva ao site Você com mais Tempo.No entanto, o consultor e autor do livro “Tríade do Tempo”, Christian Barbosa, contesta os métodos utilizados na pesquisa. “Além disso, acredito que o risco de gastar 20% do dia com atividades circunstanciais para ter um ganho de apenas 9% pode ser muito perigoso.”Com base nos resultados, entretanto, Brent Coker defende que é necessário estabelecer limites para que existam benefícios na produtividade profissional. “A pesquisa demonstra que se o indivíduo gastar mais de 10% ou 15% do dia com lazer na rede, isso poderá impactar negativamente seu desempenho no trabalho”, alerta.Para Barbosa, especialista em produtividade e gestão do tempo, este é justamente o maior risco do lazer na internet. “Em chats como o MSN ou o Orkut, é comum não saber a hora certa para dizer ‘não’ e interromper a conversa, e isso gera perda de tempo”, prossegue. Ele avalia que o limite de tempo a ser gasto com a diversão na internet varia de pessoa para pessoa.O pesquisador Brent Coker considera, ainda, que as empresas deveriam ser mais flexíveis em relação ao assunto. “As companhias poderiam monitorar o uso da internet, em vez de bloquear completamente o acesso”, sugere. Nesse ponto, o consultor concorda com o australiano e defende o que chama de “liberdade limitada”. “Liberar tudo é errado, mas proibir tudo também”, explica Barbosa. “Temos de procurar o meio-termo.”Portanto, a corporação, antes tomar medidas drásticas, e o funcionário, para evitar o exagero, devem refletir sobre a questão. A busca pelo equilíbrio e o bom entendimento entre os envolvidos, novamente, é o mais indicado. “O ideal é buscar o que é melhor para a empresa e para o profissional”, finaliza Christian Barbosa.
Rodrigo Capelo/MBPressDiante da alta competitividade do mercado, não é raro que, para garantir o foco de seus colaboradores, determinadas empresas proíbam o acesso a websites que proporcionem algum tipo de lazer durante o expediente. A iniciativa, contudo, pode ter efeito contrário e impedir que profissionais ganhem produtividade, conforme sugere pesquisa feita na Austrália, pela Universidade de Melbourne.O estudo, comandado pelo pesquisador Brent Coker, analisou o comportamento de 300 funcionários e concluiu que a produtividade de quem acessa a internet para divertir-se durante o trabalho pode aumentar em até 9%. “Os resultados demonstram que, com limites, esses indivíduos não são prejudiciais à produtividade da empresa”, afirma Coker, em entrevista exclusiva ao site Você com mais Tempo.No entanto, o consultor e autor do livro “Tríade do Tempo”, Christian Barbosa, contesta os métodos utilizados na pesquisa. “Além disso, acredito que o risco de gastar 20% do dia com atividades circunstanciais para ter um ganho de apenas 9% pode ser muito perigoso.”Com base nos resultados, entretanto, Brent Coker defende que é necessário estabelecer limites para que existam benefícios na produtividade profissional. “A pesquisa demonstra que se o indivíduo gastar mais de 10% ou 15% do dia com lazer na rede, isso poderá impactar negativamente seu desempenho no trabalho”, alerta.Para Barbosa, especialista em produtividade e gestão do tempo, este é justamente o maior risco do lazer na internet. “Em chats como o MSN ou o Orkut, é comum não saber a hora certa para dizer ‘não’ e interromper a conversa, e isso gera perda de tempo”, prossegue. Ele avalia que o limite de tempo a ser gasto com a diversão na internet varia de pessoa para pessoa.O pesquisador Brent Coker considera, ainda, que as empresas deveriam ser mais flexíveis em relação ao assunto. “As companhias poderiam monitorar o uso da internet, em vez de bloquear completamente o acesso”, sugere. Nesse ponto, o consultor concorda com o australiano e defende o que chama de “liberdade limitada”. “Liberar tudo é errado, mas proibir tudo também”, explica Barbosa. “Temos de procurar o meio-termo.”Portanto, a corporação, antes tomar medidas drásticas, e o funcionário, para evitar o exagero, devem refletir sobre a questão. A busca pelo equilíbrio e o bom entendimento entre os envolvidos, novamente, é o mais indicado. “O ideal é buscar o que é melhor para a empresa e para o profissional”, finaliza Christian Barbosa.
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