segunda-feira, 16 de março de 2009
Fala que a Sandra ouve!!!
"Drummond escreveu “esquecer para lembrar”, uma forma lúdica de tratar a memória em sua longa sequência do “boitempo”. Ruy lembra para não esquecer, diretamente, e seu lembrar subverte a “lógica” do tempo linear, porque “o passado não passa” – estupendo verso seu – e é o que somos. Somos um corpo e um passado, uma memória e uma esperança. E Ruy nos leva a jogar com “alguns rapazes”, seção do livro que é cronicar de amigos mortos, e somos todos jovens de novo. Dança com moça que já não é e dançamos os três. Porque é esta a chave de sua poesia: tudo continua sendo porque narrado como se estivesse a perdurar, ainda que a perda seja a elegia de quase todo o livro."
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